Flávio Dino provoca a extrema-direita com discurso contundente sobre liberdade de expressão nos EUA, gerando reações intensas nas redes sociais. Durante uma sessão crucial no Supremo Tribunal Federal (STF) que discute a regulamentação das redes sociais e a constitucionalidade do marco civil da internet, o ministro questionou a narrativa de que os Estados Unidos são um modelo absoluto de liberdade de expressão. Em uma argumentação afiada, Dino destacou que a realidade é bem diferente, com práticas que incluem censura e controle severo sobre conteúdos online.
As palavras do ministro ecoaram forte, especialmente entre os simpatizantes da extrema-direita, que se sentiram desafiados. Ele comparou a situação nos EUA com a proposta de regulamentação no Brasil, afirmando que a liberdade de expressão ali é muitas vezes apenas uma construção ideológica. “O monitoramento mais agressivo das redes sociais hoje é feito pelos Estados Unidos”, disse Dino, enfatizando que a suposta liberdade é, na verdade, um discurso semântico que esconde práticas de controle.
A reação nas redes sociais foi imediata, com muitos bolsonaristas criticando o ministro e defendendo a visão distorcida da liberdade de expressão promovida por figuras como Donald Trump. O clima no STF, no entanto, foi de descontração, com trocas de piadas entre os ministros, mas a seriedade do debate sobre a regulamentação da internet não pode ser subestimada.
A fala de Dino não apenas desafiou a narrativa da extrema-direita, mas também levantou questões fundamentais sobre a responsabilidade e os limites da liberdade de expressão em um mundo digital cada vez mais complexo. O que está em jogo é a proteção dos direitos dos cidadãos em face de uma regulamentação que busca equilibrar liberdade e responsabilidade. O desdobramento desse debate promete ser um divisor de águas para a política e a sociedade brasileira.