O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, lançou um ultimato audacioso ao regime de Nicolás Maduro, propondo a libertação de 252 prisioneiros políticos na Venezuela em troca da liberação de venezuelanos deportados dos Estados Unidos e detidos em seu país. A proposta, feita publicamente na plataforma X, não apenas expôs a repressão do governo chavista, mas também acendeu um alerta internacional sobre a situação crítica dos direitos humanos na Venezuela.

Bukele, conhecido por sua postura firme contra o autoritarismo, destacou que os prisioneiros na Venezuela são inocentes, encarcerados por se oporem ao regime. Entre os nomes exigidos estão figuras proeminentes da oposição, como Rafael Tudares e Corina Parisca de Machado. O silêncio de Maduro em resposta à proposta revela a pressão crescente sobre seu governo, que enfrenta crises internas e uma crescente insatisfação popular.

A reação oficial da Venezuela foi desdenhosa, com o procurador Tarek William Saab chamando o acordo de “cínico” e acusando Bukele de crimes contra a humanidade. No entanto, a falta de uma resposta clara sobre a libertação dos opositores políticos expõe a fragilidade do regime chavista diante da comunidade internacional.

Enquanto Bukele desafia abertamente Maduro, o povo venezuelano continua a sofrer com a fome, violência e perseguição. O regime, sustentado por alianças com potências como Rússia, Irã e China, está mais forte do que nunca, e a proposta de Bukele pode ser um divisor de águas no debate sobre direitos humanos na região.

A pressão internacional sobre Maduro está crescendo, mas a verdadeira questão permanece: aceitará ele o acordo ou continuará a usar vidas humanas como moeda de troca? O mundo observa, mas poucos têm a coragem de agir. A proposta de Bukele é um chamado à ação em um continente que há muito tempo se mostra complacente com a opressão. O destino de muitos inocentes está em jogo, e a resposta de Maduro pode definir o futuro da Venezuela e da América Latina.